sem categoria

ha tempos

ha tempos não sentia essa necessidade de escrever

e tampouco o meu nome  no cacarejar do galo ao amanhecer

“ouvia meu nome em suas alvoradas”

delinear pensamentos soltos, quase em transe, quase em psicografia inconsciente

consciente, ao que me faz homo erectus 

ha tempos

não sentia a palavra solta na mente sã no corpo sedentário

plural e singular, ao que me faz célula e parte do todo

ha tempos

não sentia essa necessidade de ser

tampouco de ter ou de ver o galo cacarejar no amanhecer

ha tempos

não ouço meu nome e suas alvoradas

epiderme da alma

ha tempos

não sentia a palavra solta e mente inconsciente de ser

apenas humano da sapiencia, na constante evolutiva de pacha mama!

ha tempos

estamos aqui, evoluindo!

 

Rifaina, 12 de julho de 2018

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Existencialista, Religioso

Livre Arbítrio

Quando comecei a esboçar meus desejos de mudança primeiro passei a observar o todo reconhecendo-me, claro, como parte de tudo. Afinal, somos produto do meio.

Imerso em reflexões, submerso entre tantos sentimentos, buscando evidenciar em diversas contextualizações. Expus, de forma orgânica, poesias, fotos, desenhos, vídeos e esboços de diversas pesquisas. Entre todos esses organismos psicológicos me fiz célula solitária para entender o próprio comportamento diante de tantas adversidades. Não foi fácil! Observar, mas também, ser observado

Por fim, os anos se passaram e o tempo delineou o caminho de escolhas, de estilo de vida e valor humano. Quando comecei a esboçar os pensamentos, outrora em fase de readaptação – esses,por muitas vezes foram compostos com uma dose de revolta. Mas, pude entender, não naquele momento, mas hoje, que a culpa não estava nos outros e, sim, em tudo que eu mesmo construí, desencadeando um processo que me levou ao caos. Entretanto, reconheço as fases mutantes da nossa própria epiderme, os processos naturais conhecido e reconhecido aos mais sensíveis, ou não, as vezes muitos não sabem entender, eu procuro avaliar o contexto do status quo.

Vivemos diante da lacuna tempo-existencia e, vamos, evoluindo para entender direito todo esse processo em um mundo com as mais diversas informações e, entre estas, várias doutrinas qual somos sujeitos na infância, acreditar!

Acreditar no ser supremo que dita regras para que sejamos “salvos” e lá, no mundo paralelo e abstrato teremos vida e paz eterna. Mas, ainda bem que, esse mesmo “deus supremo” – segundo suas escrituras “sagradas” – nos dá o livre arbítrio, ou seja, a escolha do que fazer e/ou acreditar, ou amar e etc. Desde que, sua escolha não seja uma religião que não crê nele, desde que sua posição política não seja de direita, ou que suas escolhas não sejam anti-capitalista.

Acredito, cada dia mais no poder e nas mudanças da natureza. E, no deus maior que esta dentro de mim, que respeita e compartilha o bem.

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ESPERANDO UM SALVADOR PARA SUAS CELULAS MORTAS

Já passado alguns anos  que este processo começou. Imerso, em ancestrais trilhas numa cidade de pedra, não só percorri quilômetros a pé, fiz uma andança no “vale do silencio” na busca interna.

A relação tempo-universo, nossa pequenez diante de tanta diversidade e adversidades. Uma existência para sobrevivência, igual instinto. Igual a estes quilômetros de autoconhecimento, existe a ignorância humana! Condicionada a tantos dogmas,  doutrinas e tecnologias. Buscam na ciência curas – mas ainda – olham para o “céu” com se de lá o caminho dos que pregam a “salvação”.

Aonde, esta mesma existe na morte de todas as células. Inventam estórias do bem e do mau, constroem muros, templos, separam gente e se esquecem que somos dependentes da natureza – esta mesma – que poluem os rios e a atmosfera, aquela, de onde se olha para o “céu” e enxergam a salvação, mas não conseguem ver o futuro.

Assim, o tempo vai compondo cenários da existência. Já são milhões de transformações na terra – e também – alguns bilhões de anos de evolução e, ainda assim, em pleno século 21 o homem com seus ancestrais e primitivos sentimentos de busca, continuam esperando um salvador para suas células mortas.

 

Encontros, Existencialista, Familia

AVÔHAI

Ha 10 anos eu fazia uma travessia pela América do Sul. Foi uma viagem de autoconhecimento, de encontros, conexões e novas amizades. Eu completava 30 anos de idade, morava em São Paulo. Hoje, completando 40 anos, faço uma travessia de reflexão da vida e destes ciclos de vivências no planeta azul. Sigo, inundado de desejo e curiosidade pelo novo, por pessoas, por novas culturas. Sigo, sem medo! Sentindo e acreditando nos sinas que a natureza nos proporciona, viajo para cidades, viajo no pensamento, viajo em livros, discos e no cosmos, só não viajo na maionese!  Embora muitos acharem que viajo demais, será? Uso as palavras no Nietzsche: “quanto mais elevo meus pensamentos mais me afasto daqueles que não sabem voar”. Talvez isso possa explicar meu “isolamento” e algumas mudanças que propus para os dias atuais em relação a música, ambiente e pessoas. Mas, nestas viagens de busca do conhecimento nunca esqueci àquelas vivências que formataram meu caráter. Foi aqui, no antigo Arraial do Cervo (Rifaina) que alcei vôos migratórios, não foi fácil desde 1975 daquele dia 22 de junho chegar até aqui, 2015. E nesta trajetória, deixar de lado o EU. Olhar para dentro de si mesmo sabendo reconhecer o status quo da matéria, das células e do quão pequenos somos perto da imensidão do universo, perto da sabedoria dos outros seres vivos. Ha 10 anos eu fazia uma travessia que mudaria meu modo de SER e VER as coisas. “Feliz aniversário são todos os dias quando você acorda” Sábias palavras do Vô Beto, meu “avôhai”.

Travessia América do Sul - Macchu Picchu - Arquivo Pessoal
Travessia América do Sul – Macchu Picchu / 2005 – Acervo Pessoal
Boêmios, Contos, Encontros, Existencialista, Romancista, Social

percepções extra-sensoriais

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O casulo da introspeção se tornou refúgio da minhas constantes fugas da solidão, readaptar-me ao contexto do status quo, socializando em pura imersão antropofágica, visual sinestesia, não por acaso as aptidões quais contrastam minha existência amparam-se na arte. Na arte do olhar…

Desenho silhuetas de vários rostos avaliando a formação craniana, as adaptações do seres pluriéticos, multiculturais e hibridos que somos. Sigo, no esboço de mais um moleskine. Madruga de insônia, não pude ter surpresa melhor, não fosse a timidez, não fosse a re(adaptação) cultural, local.

Anos na São Paulo de Piratininga, bem aventurado fui, entre becos e vielas, registrando as mudanças do cotidiano, no cenário, nas paredes, poesias rabiscadas em grafite, e tanta gente discriminada fazendo a diferença.

Transformei meus anseios em cliks tentei imortalizar as “pinturas rupestres” de várias tribos, mas foi, no baque virado, onde amarelo ouro me fez encontra com “Deus”.

Tudo isso já se passa; Regresso à antiga estrada de Goyases tentando entender, absorver as mudanças que o universo conspira. Nem sempre amor, nem sempre dor. Tsunami, o caos instaura-se, olhar para o lado não te faz enxergar, olhar para frente não te faz ver, então, fecho os olhos e, quando durmo o inconsciente traz detalhes surreais das cargas “psico-existenciais”, percepções extra-sensoriais, entre becos, vielas, híbridos e casulo, autista por opção, na busca inconstante do ser, mais humano.

Foi, na antiga “Vila de Santa Rita” depois de alguns meses no refúgio das fugas de solidão, entre discos e livros, paredes pintadas, um convite. Não tive olhos pra ver, não tive olhos pra enxergar, então os fechei, e no canto tímido, escutei você.

Foi no antigo “arraial do cervo” que encontrei você e reencontrei comigo!

Romancista

(IN)CERTEZAS…

levarei a brisa,  falando baixo ao pé do ouvido sem nobreza ou realeza, simples na cor, na dor e na leveza.  Vou a passos curtos, sem barulho para não te assustar. Tocar-te-ia ao fechar seus olhos com toque leve das mãos, acariciar-te-ia com a ponta de dois dedos, indicador e médio “escrivinhando” poesias do existir. Sopraria sua enxaqueca para longe, com o pensamento, na astral sinergia do querer. Levarei a Brisa, falando baixo para você não esquecer, da simples dor, do simples amor, da leveza e pureza dos passos curtos ao encontro, desprovido de certezas…

Contos, Crônica, Estou Estudando, Existencialista, Familia, Revolucionário, Social

Gigabytes de Pesquisas

Perdi meu Pai muito cedo, como ele foi embora algumas das minhas lembranças de infância, entretanto, fui criado pelo meu avô Alberto Baraldi, qual me ensinou valores que estão além da data comemorativa, talvez seja por observa-lo sentando à mesa todas as noites tentando resolver as palavras cruzadas do Carderno2, em silêncio, concentrado, talvez seja por vê-lo de cara fechada, mas com olhar de lembranças de vida sofrida, sol a sol construindo cerâmicas, talvez foi por ver o sol cicatrizando em feridas aquela pele singular, talvez… minha inquietude seja porque a formatação do meu caráter tivera influências DE adversas figuras paternas, entre elas meus tios, em especial um que todas sabem como é, como foi, e como sempre será lembrado. Foram estes homens que moldaram a curiosidade que permeia a minha existência, mas de fato, não só a minha, mas todas as mães devem ser sempre homenageadas. Talvez sonhar tanto não me leve a lugar algum, mas deixar de sonhar poder-se-ia tornar motivo da minha frustração com Rifaina, ao colo materno, outra vez, sem arrependimentos, onde desfaço minhas malas e volto ao centro das minhas contemplações humanas e antropológicas no vale do encantamento, no palco das minhas orações, onde observo Jupiter, onde vejo a hipotética e patética adoração daqueles na hipnose generalizada. Sigo, portanto, sonhando, e claro, pesquisando SEMPRE, sem esmorecer, na vereda, esta que me traz calmaria!

‪#‎cidadeabstrata‬ 12/08/2013

Anarquista, Antropológica, Êxodo Rural, Boêmios, Cinema, Contos, Crônica, Cultura Digital, Cultural, Encontros, Estou Estudando, Estou lendo, Existencialista, Familia, Político, Portfólio, Racial, Religioso, Revolucionário

PROTAGONISMO COLETIVO

Como de costume, e para quebrar paradigmas no Vale do Rio Grande, todas as edições deste projeto foram comprometidas e executadas de forma sustentável, esta grande miscelânea cultural vem promovendo intercâmbio cultural na região, e o mais importante, tendo como protagonista os indivíduos das comunas receptoras, afinal, este é o objetivo maior, senão, para que lutar com um ideal, só para dizer, sou produtor. NÃO, sei que não posso mudar o mundo, mas levantarei a bandeira de idealismo para primeiro influenciar, e assim, mesmo não sendo eu o executor de outros projetos, digamos, copiados, ainda assim estarei muito feliz, pois o que estamos fazendo esta refletindo, e quem ganha é a comunidade, em especial, as crianças, afinal nelas está o futuro.

Chegar na quinta edição de um projeto independente não é fácil, todos vocês sabem, mais ainda os que acompanharam de perto todas as lutas que travamos, a falta de grana, boicotes gerados por “egonóias”, entre outros obstáculos que conseguimos superar. Trouxemos além do protagonismo coletivo, debates de idéias, discutimos a cultura digital, o movimento negro no Brasil, os movimentos de coletivos e das produções independentes em São Paulo. Fizemos atividades lúdicas, oficinas de HQ’s, Stop Motion, e ainda, desenvolvemos a Primeira Mostra de Curtas, Premio de Fotografia e, também, a primeira Jornada fotográfica, tudo isso aqui, no antigo “sertão da farinha podre”.

Toda história de conquista, vem acompanhada de diversas dificuldades, não foi diferente com este ideal, e como todos dizem, são elas que nos permitem sonhar, é na adversidade que criamos oportunidades, no caos abrimos nossos canais mais criativos, basta olhar para tudo com clareza, mesmo que a rebeldia tome conta do seu coração, e por um tempo ela tomou conta do meu.

“Os verdadeiros guerrilheiros não se enfeitam pela superfície, e sim, na alma”.

Nesta quinta edição, não vamos deixar de exercer nosso papel de multiplicadores da “revolução cultural” vamos estender nossos laços, apertar a mão do “inimigo”, debater crowdfounding, dançar para os orixás, meditar em um templo piramidal, ver o pôr-do-sol, vamos falar com pacha mama e absorver todas as camadas mais sensíveis do contato com a natureza, exatamente neste momento de transição, de mitos e bombas, entre Feliciano’s da vida que acham o que fazemos coisa do diabo, enquanto o Brasil segue colonizado pela enganação do futebol, e com um olhar macro, olho para aquele teatro de arena, no meu pequeno “arraial do cervo” tento entender o abandono desde muito tempo, mas não deixo de lado meu manual de bolso, a constituinte de 1988, e principalmente, não deixo de vez ou outra, meditar no palco das minhas orações, em noites de lua cheia.

Vou delineando este esboço, para agradecer a todos, que direta ou indiretamente, também fazem parte deste sonho, deste ideal.

Gratidão Sempre!

Ernani

Art. 215 – O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais.

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